segunda-feira, 31 de maio de 2010

The Gardner parte 3 (Fanfic 1999)

Paralisados pela surpresa, toda a equipe de resgate volta a si e salta em sua direção, entre tanto, um novo clarão a envolve e arremessa inconsciente numa distancia de 50 metros, onde cai sentada numa lata de lixo.   

Dizem que quando se está à beira da morte, somos tomados por um frenético e lisérgico “Flashback” de toda a nossa vida.  Bia apenas “apagou”.  Um bom presságio, talvez? Se sobreviver ao impossível, Beatriz Bonilla da Costa pensará duas vezes antes de tomar as atitudes impulsivas que sempre criticou em seu namorado.  Se sobreviver e não se tornar um vegetal, esta será a menor das mudanças.

Um helicóptero chega e despeja no corpo de Gay um spray a base de chumbo, contendo a radiação, e ele tomba. Cuidadosamente, a equipe de resgate sobrevivente leva o corpo para o Helicóptero que desaparece na linha do horizonte com a mesma velocidade que apareceu.

Continua.



Capítulo 2 – Um sonho de vôo.

Laboratórios “Star”. 11h34 PM

Há cinco horas a Doutora Kit Falkner e sua equipe estão no caso. Cinco horas desde que um trouxeram para seu laboratório o estranho homem radioativo cujos sinais vitais confundem até mesmo os aparelhos mais modernos e sensíveis. Um deles chegou a explodir, não suportou os altos níveis de radiação. Outros indivíduos também não a suportariam, apesar dos trajes especiais e do sistema “parasita”, um organismo vivo que se alimenta de radiação e fornece a energia necessária para o funcionamento de toda a instalação secreta. Indiferente ao que se passa ao seu redor, o homem ruivo permanece letárgico. Se realmente estiver vivo, está num mundo só seu.

Ciente de que nada pode ser feito no momento, “Kitty” se retira e vai até sua sala. “Um cigarro” é a desculpa conveniente, duas drágeas de “Prozac”, o motivo real. Suas crises depressivas têm sido cada vez mais constantes, e ela teme o que pode acontecer na sua próxima crise. Como diria um famoso quadro: “O sono da razão cria monstros”.  Ela já esteve do “outro lado do espelho”, não gostaria de voltar. Justamente por isso, só retorna para a outra sala quando finalmente percebe a secura na garganta, a prova de que o remédio finalmente começa a fazer efeito. Olhando para o paciente e a eterna dúvida dos envolvidos entre salvar sua vida ou dissecá-lo para descobrir a origem e algum tipo de utilidade para a radioatividade, ela se indaga no que o “João Ninguém” estaria pensando no momento, se é que tamanha quantidade de radiação além de acinzentar a pele, devido a grande quantidade de pele e tecidos mortos, não causou “morte cerebral”.

Jornada ao centro de uma mente.

Sempre lhe disseram que os mortos iam à direção de uma intensa luz branca, contudo, a sua é de um verde ofuscante. Guy nunca foi de fazer perguntas, mesmo com a sensação de estar preso dentro de si mesmo, sem saber o que se passa ao seu redor, nem com o próprio corpo. Apesar da diferença de cor, a tão falada voz “guia” continuava lá, mesmo que os “Flashs” lhe parecessem “aliens”.
Tal qual como num “sonho de vôo”, ele flutua por sobre várias imagens que mostram um rápido “Flashback” da história universal, focado em criaturas que surgiram no momento do “Big bang”, e desde então, tem mantido o universo e suas várias variáveis seguro, fundindo-se a corpos de voluntários que abdicam de sua vida, individualidade, e até da própria consciência, para que estas criaturas, feitas de energia mental possam aumentar as fileiras de uma milícia universal chamada “Tropa dos Lanternas Verdes”. Estas entidades, chamadas “Oanos” ou “Guardiões do universo” assumem o controle dos corpos hospedeiros, e durante o tempo restante de vida destes, realizam feitos “heróicos”. “Perda de individualidade e de consciência?” -Pensa Gardner ainda aturdido.
A imagem seguinte, mostra a luta entre dois “borrões” luminosos rápidos demais para se ver algo além de brilhos ofuscantes. O verde vence, entretanto, quando este aprisiona o amarelo, uma nave espacial colide entre os dois e o antagonista é lançado na terra.
Os brilhos, na verdade fulgores, marcam o uso do poder dos “Lanternas Verdes”, entidades que entram em simbiose com hospedeiros que suportam seu poder. A Amarela, energia de uma dimensão de anti-matéria, o rastro de um dos maiores vilões do universo conhecido; Sinestro, um Lanterna verde Renegado, o único caso conhecido de hospedeiro que suplantou a força de vontade dos “Oanos”, a inteligência coletiva que utiliza os corpos dos lanternas para patrulhar as zonas espaciais.
Uma proposta simples: O Hospedeiro havia entrado em combustão espontânea ao entrar na atmosfera e um novo precisava ser escolhido. Escolhas imediatistas, respostas idem. Guy aceita a oferta. Em troca, seu corpo seria devolvido completamente regenerado. Em seu estado, até um “Pacto com o diabo” seria uma boa opção. 
Segue-se um clarão cegante, percebido apenas de relance por Kitty, que voltava da farmácia do laboratório.
Surpresa, encarou pela primeira vez em sua vida um morto que sorria.
“Onde estou?” – Indaga Guy sem qualquer lembrança dos últimos incidentes.
“Vivo!” – Responde Kitty – “Por incrível que pareça...”.


Interlúdio – A carapaça.

Ted Kord entra mais uma vez no simulador. 360º de visão perfeita, e tudo isso graças ao seu visor “mosca”, adaptado em seu óculos velho de guerra. Nada lhe escapa durante a partida de “Half Life”.  Nenhum dos inimigos continua vivo, muito menos consegue atacá-lo.
A carapaça “insetóide” construída para os jogos também aumenta suas possibilidades. Movimentos perfeitos e tão impossíveis quanto os do “Gómez Adams” ou para os mais “Mudernosos”, O “Bullet Time” de “Matrix”. Com os dois brinquedos, ambas as marcas são superadas e o impossível acontece.
Sua maior idéia é vender ambos como parte do console de realidade virtual que vem desenvolvendo junto com seu sistema operacional proprietário tão simples quantos o “O.S.” do Macintosh e tão acessível quanto o “Windows”.  Numa discussão com “Billy,The Nerd” ,(como costuma chamá-lo) fizeram uma aposta que pretendia vencer.
A carapaça estava cada vez mais perfeita, pronta para qualquer desafio, e capaz de resistir ao impacto de uma “Fau” a “queima roupa”.








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