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domingo, 12 de janeiro de 2014

Mônica para todas as idades

Apesar da Turminha ser um dos maiores produtos de exportação brasileiros e praticamente os únicos quadrinhos a sustentar uma indústria que nem sempre anda com as próprias pernas, além de ter sido o primeiro emprego de muitos dos artistas que conhecemos hoje em dia, infelizmente depois de certa idade a gente fica com vergonha de ler; é de criancinha e tal…
Eu parei de ler aos 15 anos, quando me encantei pelos super-heróis. Histórias arrojadas, aventura incessante e o desenho… Ah, o desenho… Confesso que só peguei uma revista da Mônica depois de velho quando tentei ensinar português pra uma chinesa. E nem isso adiantou, pois ela arrastou meu Sin City. Ela gostava de temas mais adultos.
Cascão, Cebolinha, Mônica e Magali
Temas mais adultos‘ parece ser a motivação chave. Ler personagens que não evoluem enquanto envelhecemos e morremos é complicado. Turma da Mônica Jovem resolveu isso e ganhou os leitores que migram pro Mangá. Além disso, há indícios de uma versão adulta dos personagens vindo por aí.
Até lá, especiais da Série MSP 50Ouro da Casaou uma das Graphic Novels lançadas de 2012 pra cá mostraram que, sob outra ótica, os personagens deMaurício de Souza podem render histórias bem ousadas, emocionantes e experimentais.
Astronauta: Magnetar, de Danilo Beyruth, que descortinou uma viagem pela solidão do personagem; Turma da Mônica Laços, de Victor e Lu Caffagi, onde a turminha segue numa missão de resgate; e o recente Chico Bento: Pavor Espaciar, de Gustavo Duarte, que narra a visita de Aliens à Vila Abobrinha, são revistas que podem ser lidas por todas as idades, sem vergonha.
Vamos poder envelhecer e continuar lendo a turma da Mônica com a certeza de que não estaremos fazendo pela nostalgia, afinal, vamos ver sempre novidades da turminha para todas as idades.
Que tal aproveitar e abandonar o preconceito você também? Pode acabar se surpreendendo.
































Turma da Mônica Laços

A Lira dos 50 Anos: A Gorducha, Baixinha e Dentuça

A Lira dos 50 Anos: A Gorducha, Baixinha e Dentuça

O que você faz quando alcança meio século? Que tal comemorar? Neste ano, MônicaVingadores e X-Men entram na meia-idade. Você se lembra da primeira vez que leu algum desses gibis? Onde você estava em Março de 1963? Pergunta idiota, né? Mas acredite, leitores de quadrinhos envelhecem e alguns se lembram deste ano.
Bem, eu aprendi a ler com os quadrinhos e não me lembro dos números da Turma da Mônica que eu tive, mas tive os primeiros. Quando eram publicados pela Editora Abril dos anos 1970 (depois disso ela passou pela Globo e hoje está na Panini), época na qual havia uma variedade maior de títulos nacionais na banca e várias editoras publicando. Eram os dias de ir pra casa de uma tia onde não tinha nada e ficar lendo todos os quadrinhos que caíssem na minha mão. E acredite, quando se era criança nos anos 70, todo mundo te dava um. Era oPassiflora daqueles tempos.
Aliás, minhas lembrança mais fortes são das paródias da cultura Pop da época. Secos e MolhadosRita LeeRoberto Carlos, as paródias de filmes como “Embalos de Sábado à Noite“, “Superman“, a história baseada em “Romeu e Julieta“, que pode ser considerada o primeiro crossover publicado no Brasil, afinal envolveu os dois títulos da época (Mônica e Cebolinha) por mais de um mês… Cara, eu amava aquele desenho de natal em que eles tentavam construir uma chaminé. Alguém se lembra disso? Passava direto na Globo e na TV Tupi.
Eram os tempos de ver a Mônica e sua turma em quase todo tipo de produto. Nem sei quantos bonecos de gesso eu quebrei porque tentava fazer Cebolinhas, mas sempre tirava antes do tempo, ou o quanto eu ria com as propagandas do Jotalhão e da Mônica, ou mesmo quantos banhos tomei com a linha da Phebo. Apesar de termos voltado a ter muitos produtos dos personagens, o grandeboom foi durante as décadas de 1970 e 1980, quando praticamente tudo era estampado com a imagem dos personagens, até brindes de caderneta de poupança. Inspirada na Grande Rio, que fechou uma parceria com a editora Bloch e usava os heróis da Marvel como garotos propaganda, a finada poupança HASPA ofereceu vários brindes com a turminha. Teve até um disquinho.
O Jotalhão na Cica e a Mônica na Phebo
Mônica Spada e Sousa, filha de Mauricio e diretora comercial da empresa (foto: divulgação)
Não é divertido pensar que a Mônica pegou a turma do Cebolinha à força? Aquela garota emburrada que apareceu em 1963 batendo no protagonista da tira acabou ganhando tanta força que em 1970 ganhou seu próprio gibi. Os quadrinhos da Mônica e sua turma continham todo o universo de Mauricio de Souza, que aos poucos foi sendo ampliado até chegar na quantidade de títulos que temos hoje. Aos puristas que reclamam de existir uma versão mangá da turma, eu sempre indico dar uma olhada na evolução dos personagens. O estilo nipônico chegou no final dos anos 70 e ficou.  Dos anos 90 em diante passaram a assumir a influência e o resto é história.

Cartaz de "A Princesa e o Robo"
O interessante é que estamos falando de um império do entretenimento totalmente brasileiro que mais do que nunca gera produtos de mídia e outros licenciados. Todo o mundo lê, afinal, é traduzido para todas as línguas conhecidas. Quantos produtos nacionais você já viu alcançar tamanha penetração?  Isso sem contar que quem atualmente administra a Mônica é a própria Mônica. A personagem foi inspirada na filha do Mauricio, que gostou da ideia e homenageou todos os que vieram depois da mesma forma.
Talvez tudo isso explique o fato de que daqui a 50 anos outras crianças e adolescentes terão lembranças com os personagens. Não só na infância, claro. Um dos meus primeiros beijos foi durante uma exibição de “A Princesa e o Robô”.


Nas próximas duas viagens pela alameda da memória falarei de “Vingadores” e de “X-Men”.

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Apesar de ter tido uma edição publicada, a proposta da série Histórias da Bíblia era narrar todas as histórias contidas neste que é um dos ...